sábado, outubro 31, 2009

Os Filósofos e suas Teorias - Período Antigo





Tales de Mileto (624 – 550 ªC.), grego. Expoente do “monismo”; é considerado o primeiro filósofo ocidental.


Anaximandro de Mileto (611-547 ªC.), grego. Deu continuidade à busca de “Tales” da substância universal, argumentando que tal substância não precisa se parecer com nenhuma outra conhecida.


Heráclito de Éfeso (533-475 ªC.), grego. Opô-se ao conceito de uma realidade única e dizia que a única coisa permanente é a mudança.


*Empédocles de Agrigento (c. 490-430 ªC.), grego. Acreditava que havia quatro substâncias irredutíveis (água; fogo; terra e ar) e duas forças (amor e o ódio).


Parmênides de Eléia (c. 495 ªC.), grego. Membro da escola eleática, e formulou a doutrina básica do “idealismo”.


Zenão de Eléia (c.495- 430 ªC.), grego. Argumentava que a pluralidade e a mudança são aparências, não realidade.


Protágoras de Abdera (481-411 ªC.), grego. Relativista e humanista, duvidou da capacidade humana de alcançar a verdade absoluta.


Sócrates (c. 470 – 399 ª C.), grego. Desenvolveu o “método maiêutico de investigação”, sendo sua filosofia difundida por seu aluno “Platão”.


Demócrito de Abdera (460 – 370 ªC.), grego. Iniciou a tradição no pensamento ocidental de explicar o universo em termos mecânicos. Acreditava que toda matéria era composta de pequenas partículas indivisíveis chamadas átomos.


Antístenes (c. 450-c. – 360 ªC.), grego. Líder do grupo conhecido como “Cínicos”, ressaltava a disciplina e o trabalho como um bem essencial.


Platão (c.428 – 347 ªC.), grego. Fundador da Academia de Atenas, desenvolveu o “idealismo de Sócrates” e foi professor de “Aristóteles”.


*Aristóteles foi preceptor de Alexandre, o Grande, durante três anos. Ensinou-o a espalhar-se no herói clássico grego, salientou a importância da filosofia e aconselhou Alexandre a dominar os não-gregos. As relações complicaram-se entre eles com a execução do sobrinho de Aristóteles (Calístenes de Olinto) por Alexandre. Após a morte de Alexandre, o filósofo foi vitima de uma campanha antimacedônica e acusado de ímpio. Certo da condenação, ele deixou a cidade e faleceu no ano seguinte. Aristóteles (384 –322 ªC.), filósofo e cientista grego. Seus trabalhos influenciaram toda a filosofia ocidental. Propunha a existência de quatro fatores na relação casual: “forma; matéria; motivo, que produz mudanças, e o fim, pelo qual ocorre um processo de mudança”.


*Pirro de Élis (c.365 – 275 ªC.), grego. Iniciou a escola cética de filosofia. Acreditava que o homem não poderia saber nada com certeza.


*Epicuro (341 – 270 ªC.), grego. Adepto do atomismo e hedonismo, entendia que o critério da verdade está na sensação.


*Zenão de Cítio (c.335 – 263 ªC.), grego. Líder dos estóicos, assim chamados, pois se encontravam em “Stoa Poikile” (Portal Pintado), em Atenas. Zenão pregava que o papel do homem era aceitar a natureza e tudo o que ela oferece, “de bom ou mau”.


Plotino (205 – 270), romano. Principal expoente do “neoplatonismo”, uma interpretação dos ensinamentos de Platão que posteriormente combinou-se com idéias cristãs.


Santo Agostinho (354 – 430), norte-africano. Foi uma das pessoas de maior influência sobre o pensamento medieval cristão, “Agostinho”, acreditava que Deus transcende a compreensão do ser humano.


Boécio (c.480 – 524), estadista romano. Em “A Consolação da Filosofia”, Boécio propôs que apenas a virtude é constante.

Marcilio Reginaldo.

sexta-feira, outubro 30, 2009

A MORTE SEGUNDO A BIBLIA

O Que a Bíblia Ensina Sobre a Morte

Nascemos, vivemos e morremos. E daí? Esta pergunta tem desafiado a humanidade através da História do Mundo. Nosso entendimento do que acontece após a morte influenciará muito a maneira pela qual vivemos. Para aqueles que procuram agradar a Deus, é importante saber o que ele revelou sobre este assunto. Só por um estudo da Bíblia podemos evitar os perigosos erros da sabedoria humana.


O que é a morte? O que acontecerá depois que eu morrer? A Bíblia responde a essas perguntas.


O que é a morte?
A morte é uma separação. Podemos entender este fato claramente, considerando como a Bíblia descreve a morte espiritual. Comecemos no livro de Gênesis, onde encontramos pela primeira vez o conceito de morte.


Quando Deus disse a Adão que não comesse da árvore do conhecimento do bem e do mal, ele revelou que a conseqüência da desobediência seria a morte no mesmo dia do pecado (Gênesis 2:17). Com certeza, Deus cumpriu sua promessa sobre a conseqüência do pecado, porque ele sempre fala a verdade e nunca quebra uma promessa. Por causa do pecado do casal original, Deus expulsou-os do Jardim do Éden (Gênesis 3:23-24). Mesmo tendo Adão vivido, em seu corpo físico, por 930 anos, ele e sua esposa morreram no dia de seu pecado, no sentido de que eles foram separados de Deus. A morte espiritual é a separação de Deus.


O caso de Adão e Eva nos ajuda a entender que é possível estar fisicamente vivo, enquanto morto espiritualmente (veja Efésios 2:1-6, por exemplo). A razão para esta morte espiritual esta separação de Deus é sempre a mesma. Separamo-nos de Deus pelo nosso próprio pecado (Isaías 59:1-2).


A morte física também é uma separação. Quando o corpo está separado do espírito, ele está morto (Tiago 2:26). Eclesiastes 12:7 nos diz que isto é o que acontece no fim da vida física: "O pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu".


O que acontecerá após a minha morte?
É claro que o espírito voltará a Deus, mas o que ele fará com meu espírito? Mesmo que a Bíblia possa não satisfazer toda a nossa curiosidade sobre o que acontece depois da morte, ela é clara ao apresentar diversos fatos vitais:


- Deus confortará o fiel e mandará o ímpio para um lugar de tormento (Lucas 16:25).


- Deus julgará cada pessoa (Hebreus 9:27). Este julgamento será de acordo com a palavra que Deus revelou através de Seu Filho (João 12:48). Ele julgará as coisas que fizemos em corpo (2 Coríntios 5:10). Passagens como Mateus 25:31-46 e 2 Tessalonicenses 1:7-12 mostram claramente que haverá uma eterna separação (morte espiritual) entre os justos (obedientes) e os injustos (desobedientes).


Podemos concluir, então, que a morte eterna não é o fim da existência, mas uma eterna separação de Deus. É óbvio no caso do homem rico porém desobediente em Lucas 16 que uma pessoa ainda será consciente, mas que o injusto nunca pode atravessar a separação para estar na presença de Deus.


Aplicações: Respondendo às doutrinas humanas
Infelizmente, há muitas doutrinas conflitantes sobre a morte e a eternidade. Consideremos, brevemente, quatro exemplos de doutrinas humanas que contradizem o ensinamento da Bíblia.


Doutrina humana: A morte é o fim da existência


As pessoas que não acreditam na existência de Deus, obviamente, negam a idéia de vida após a morte. Outros, mesmo entre aqueles que se proclamam seguidores de Jesus, ensinam que os injustos deixarão de existir, quando morrerem. Em contraste, Jesus claramente ensinou que a existência não cessa com a morte (Mateus 22:31-32). O problema fundamental nesta doutrina humana que diz que a existência cessa com a morte, é o erro de não entender que a morte é uma separação, e não o fim da existência da pessoa (veja Tiago 2:26). As doutrinas de igrejas que negam a existência do inferno não obstante, a Bíblia mostra que o ímpio sofrerá eternamente, separado de Deus para sempre (Mateus 25:41,46).


Doutrina humana: A reencarnação


Muitas pessoas estão fascinadas pela idéia da reencarnação, incluindo-se aquelas que seguem religiões orientais, como o hinduismo, e outras que aceitaram a filosofia da "Nova Era" ou os ensinamentos do Espiritismo. A doutrina da reencarnação é que nossa alma voltará, possivelmente centenas de vezes, para viver novamente e para ser aperfeiçoada em consecutivas vidas. A Bíblia não diz nada para provar esta idéia. Em contraste, a Bíblia ensina que morreremos só uma vez. Hebreus 9:27-28 diz: "E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação". Pense no significado desta afirmação. Se uma pessoa precisa morrer muitas vezes, qual é o valor do sacrifício de Jesus? Teria ele também que morrer muitas vezes? Esta passagem mostra que ele morreu uma vez para pagar o preço de nossos pecados. Note, também, que a idéia de que nossas almas são aperfeiçoadas através da reencarnação é absolutamente oposta à doutrina Bíblica de que somos salvos pela graça de Deus (Efésios 2:8-9).


Doutrina humana: O purgatório


A doutrina do purgatório foi propagada pelo catolicismo e sugere que há uma oportunidade depois da morte para sofrer por causa de certos pecados antes de entrar no céu. Esta doutrina diminui o valor do sacrifício de Cristo, que deu a seus servos o dom gratuito da salvação. Não podemos merecer nossa passagem para o céu, nem antes nem depois da morte. Quando a Bíblia fala da situação dos mortos, ela diz que é impossível ao ímpio escapar dos tormentos para entrar no conforto dos fiéis (Lucas 16:25-26). A doutrina do purgatório, simplesmente, não é encontrada na Bíblia.


Doutrina humana: Comunicação com os mortos


A prática do espiritismo e de algumas outras religiões, ao tentar comunicar- se com os mortos, é absolutamente oposta ao ensinamento da Bíblia. Quando o homem rico de Lucas 16 pediu que um mensageiro dos mortos fosse enviado para ensinar sua família, Abraão disse que isso nem era permitido, nem necessário (Lucas 16:27-31). No Velho Testamento, Deus condenou, como abominações, esses esforços para consultar os mortos (Deuteronômio 18:9-12). A consulta aos mortos é ligada à idolatria e à feitiçaria, coisas que são sempre condenadas, tanto no Velho como no Novo Testamento. É, absolutamente e sempre, errado tentar consultar os mortos.


Conclusão:

O entendimento correto do ensinamento Bíblico sobre a morte tem aplicação prática em nossas vidas. Eis duas sugestões específicas sobre as aplicações que devemos fazer:  Devemos resistir às doutrinas e práticas que não são baseadas na Bíblia, incluindo:
A idéia de que a existência termina com a morte. A idéia de que podemos tentar comunicar-nos com os mortos. A doutrina de que as pessoas passarão pelo purgatório antes de entrar no céu. A doutrina da reencarnação. Devemos viver de acordo com os ensinamentos da Bíblia, de modo que estejamos prontos, quando encontrarmos Jesus (Mateus 24:42-44; 2 Pedro 3:10-13).

por Dennis Allan

FILOSOFIA E HUMOR

Relativismos


Um homem está a rezar a Deus.
- Senhor - reza -, gostaria de te fazer uma pergunta.
O senhor responde:
- Não há problema. Podes perguntar.
- Senhor, é verdade que para ti um milhão de anos é apenas um segundo?
- Sim, é verdade.
- Bem, nesse caso o que é um milhão de dólares para ti?
- Para mim, um milhão de dólares é apenas um cêntimo.
- Ah, nesse caso, Senhor - diz o homem -, podes dar-me um cêntimo?
- Claro - responde o Senhor. - Só um segundo.




Thomas Cathcart, Daniel Klein, Platão e um ornitorrinco entram num bar..., D. Quixote, 2008, p.215
Publicado por Rolando Almeida

quinta-feira, outubro 29, 2009

"Cultura Popular" A História de Um Povo. E Quem é o Seu Artista? É Voce.


A cultura popular aparece associada ao povo, às classes excluídas socialmente, às classes dominadas. A cultura popular não está ligada ao conhecimento científico, pelo contrário, ela diz a respeito ao conhecimento vulgar ou espontâneo, ao senso comum.
“A obra de arte popular constitui um tipo de linguagem por meio da qual o homem do povo expressa sua luta pela sobrevivência. Cada objeto é um momento de vida. Ele manifesta o testemunho de algum acontecimento, a denúncia de alguma injustiça” (AGUILAR, Nelson (org). Mostra do Redescobrimento: arte popular. In: BEUQUE, Jacques Van de. Arte Popular Brasileira, p. 71). O artista popular não está preocupado em colocar suas obras expostas em lugares prestigiados.
Nesse sentido, o mais importante na arte popular não é o objeto produzido, e sim o próprio artista, o homem do povo, do meio rural ou das periferias das grandes cidades. Por isso também a arte popular é sempre contemporânea a seu tempo. Por exemplo, a arte popular do século XVIII (as cantigas, poemas e estórias registradas pelos estudiosos) é bem diferente de outras formas de arte popular hoje, como o rap, o hip hop e o grafitti, que acontecem nas periferias dos grandes centros urbanos como São Paulo. O rap e o hip hop aparecem associados quase especificamente à população negra, excluída socialmente.
A cultura popular é conservadora e inovadora ao mesmo tempo no sentido em que é ligada à tradição, mas incorpora novos elementos culturais. Muitas vezes a incorporação de elementos modernos pela cultura popular (como materiais como plástico por exemplo) a transformação de algumas festas tradicionais em espetáculos para turistas (como o carnaval) ou a comercialização de produtos da arte popular são, na verdade, modos de preservar a cultura popular a qualquer custo e de seus produtores terem um alcance maior do que o pequeno grupo de que fazem parte.


O artista popular tira sua “inspiração” de acontecimentos locais rotineiros, a arte popular é regional. Por isso a arte popular se encontra mais afetada pela cultura de massas que atinge a todas as regiões igualmente e procura homogeneizá-las culturalmente do que a erudita.
O produtor de cultura popular e o de cultura erudita podem ter a mesma sofisticação, mas na sociedade não possuem o mesmo status social - a cultura erudita é a que é legitimada e transmitida pelas escolas e outras instituições. É importante ressaltar que os produtores da cultura popular não têm consciência de que o que fazem têm um ou outro nome e os produtores de cultura erudita têm consciência de que o que fazem tem essa denominação e é assunto de discussões, mesmo porque os intelectuais que discutem esses conceitos fazem parte dessa elite, são os agentes da cultura erudita que estudam e pesquisam sobre a cultura popular e chegam a essas definições.
A cultura popular é o universo da vida real do homem do povo, e sua expressão e sua criação não busca o espetáculo, busca uma saida manifestada visão do mundo que o cerca.






Marcilio Reginaldo

quarta-feira, outubro 28, 2009

Nossa Festa de Formatura

Aprendendo com Sisifo o Valor do Trabalho


Na literatura grega Sísifo foi condenado a empurrar eternamente uma pedra até o topo de um monte apenas para vê-la rolar até embaixo novamente, uma comparação funesta para muitos trabalhos modernos: fúteis, sem esperança e repetitivos. Camus tenta extrair da estória homérica as circunstâncias exatas que levaram a este extremo castigo. A lenda declara que Sísifo contrariou os deuses, que ele não os levou a sério e tentou roubar os seus segredos. Outra lenda traz que Sísifo conseguiu prender a morte em cadeias e que foi punido por isto por Plutão. Para Camus, a negativa de Sísifo da morte e dos deuses faz dele o mais absurdo dos heróis, e seu castigo igualmente a maior metáfora para o homem existencial. Para Camus, o momento chave no castigo de Sísifo está naquele instante em que a pedra rola monte abaixo e Sísifo sabe que ele deve ir atrás dela e tentar, em vão como sempre, empurrá-la para o alto do monte e além. Para Camus, este é o momento da consciência adquirida. Cada um de nós deve, em algum momento, vislumbrar o conhecimento e chegar à conclusão de que não importa quão duro a gente trabalhe, estamos fadados a falhar no sentido de que mais cedo ou mais tarde morreremos. Sísifo, como o homem, é rebelde mas incapaz, e é naqueles momentos de consciência que ele consegue transcendência sobre os deuses. No final das contas, Camus vê em Sísifo não a imagem de um trabalho duro contínuo, cansativo e incessante, mas a de um homem alegre que reconhece que seu destino lhe pertence. Ele e somente ele pode determinar a essência da existência. Camus termina seu ensaio com Sísifo no pé do monte, preparado para suportar exercício tortuoso e inútil de rolar a pedra monte acima uma vez mais, mas Camus não vê Sísifo como atormentado, castigado; pelo contrário, ele vê Sísifo feliz. Feliz porque descobriu o segredo da vida. A luta pelas alturas é suficiente para encher o coração do homem.
Assimo como camus, Salomão no livro de Eclesiastes descobriu que, para o homem, o melhor e o que mais vale a pena é comer, beber, e desfrutar o resultado de todo esforço que se faz debaixo do sol durante os poucos dias de vida que Deus lhe dá, pois esta é a sua recompensa. E quando Deus o concede riquezas e bens a alguém e o capacita a desfrutá-los, a aceitar a sua sorte e ser feliz em seu trabalho, isso é presente de Deus. Raramente essa pessoa fica pensando na brevidade de sua vida, porque Deus o mantém ocupado com a alegria no coração. (cap. 5:19-20) Conferir na Bíblia.
É no ápice da subida que o homem recohonçe a nessecidade de manter o momento transcendente e vislumbrar o valor da luta do cotidiano, como uma realização de suas escolhas sem ter que aceitar o castigo como sendo uma punução e sim uma superação.

Marcilio Reginaldo





terça-feira, outubro 27, 2009

OS NOMES DE DEUS E SEUS SIGNIFICADOS

Uma das maneiras de conhecermos melhor a Deus é conhecer alguns dos nomes através dos quais Ele se revelou para que melhor o conhecêssemos.


John Davis disse: "Conhecer o nome de Deus é testemunhar as manifestações dos seus atributos e apreender o significado que o nome expressa”. O nome de Deus em nossos lábios deve ser estar o cheio de conhecimento que nos deliciamos ao pronunciá-lo Cantares 1:3.


Quando estamos apaixonados gostamos de pronunciar o nome da pessoa amada. Ao aprendemos todas as revelações dos Nomes de Deus e pronuncia-los com conhecimento a presença de Deus invadirá o nosso ser e poderemos até mesmo sentir o Seu perfume.


Estaremos apresentando para cada nome de Deus uma mensagem ao seu coração, e por estarmos num mundo cheio de contrariedades e sermos fadados à liberdade de escolhas, precisamos referenciar em Deus o horizonte da nossa vida. .


Jeová Rapha - O Senhor que sara Êxodo 15:26.


Ha El - Salmos 77:13 Deus que planeja e fez um plano para Você antes mesmo que nascesse Salmos 139:16


Yeshua (salvação) / Yeshua HaMashiah (Jesus O Enviado) João 3:16


Jeová Eloai ( O Senhor meu Deus) Josué 7: 7-8


El Eloe Israel ( O Deus Pessoal de Israel) Gêneses 33:18-20


El Eliom - Deus Altíssimo


Elohim - Deus vivo, Deus Criador( Gêneses 2:4)


Jeová Elohenu O Senhor Nosso Deus) Deuteronômio 2 : 33,36


Jeová Rohi - Senhor meu Pastor Salmos 23:1


Emanuel - que significa Deus conosco ( Isaias 7:14, Mateus 1:23)


Jeová Shamma - Deus presente


Jeová- Kainna - O Senhor Zeloso


Jeová Shalom - O Senhor é Paz. Juizes 6:24.


Jeová Nissi - Minha Bandeira Êxodo 17:15.


Jeová Jiré - O Senhor que provê Gêneses 22:8


El Olam - Deus da Eternidade, Deus do Universo. Gêneses 21:33.


Jeová Elohim Sabaoth - Senhor Deus dos Exércitos. Jeremias 11:20 .


Jeová Tsidkenu - Nossa Justiça Jeremias 23:6.


Tsaddia – Justo. Salmos 7:9


El Roi - Deus que vê. Geneses 16:13 .


El Shaddai -. Deus todo Poderoso Geneses 17:1


Eyaluth - Força (Salmos 22:29)


Gaal - Redentor (Jó:19:25)


Aba – Pai. Salmos 89:26


Maor - Doador da luz ( Genesis  1:16).


Adonai.Que significa Senhor Hashem que significa O Nome


Hakadosh BarukHu = O Santo Bendito Seja


Ribono Shel Olam = Senhor do Universo


Kadosh - O Santo de Israel


Kadesh significa sagrado


Shaphar - Juiz, Genesis 18:25.


Yasha - Senhor Salvador (Is 43:3)


Palar - Senhor Libertador (Salmo 18:2).


Magen - Senhor nosso escudo (Salmo 3:3).


Marcilio Reginaldo

segunda-feira, outubro 26, 2009

TOLERANCIA - Parte Final

No sentido da ética, virtude é o que faz com que um sujeito aja de forma a fazer o bem para si e para os outros. Platão considerava a virtude como uma qualidade que o indivíduo traz consigo e que, portanto, não pode ser ensinada. Aristóteles pensa o contrário, ou seja, ações boas realizadas e repetidas pelo sujeito, forma o hábito (gr.: areté = virtude) de ser bom. Ela é a medida justa entre dois extremos, um por excesso e outro por falta. A partir da modernidade, se entende que a virtude é a disposição moral para o bem, ou “a força de resolução que o homem revela na realização de seu dever” (Kant). São virtudes: a justiça, a moderação, a prudência, a coragem, a tolerância, a generosidade, a humildade, a fidelidade, a polidez, etc.



É fato que, aprendemos hábitos, conhecemos coisas, refletimos sobre idéias e teorias, mas nossa educação não ensina sobre como devemos nos relacionar com os outros. No fundo, tendemos a ver o outro como um inferno (Sartre). O problema existencial do ser humano é conviver com o que é tolerável em relação ao outro. Fica a cargo da ambiência cultural e do desenvolvimento psíquico, aprendermos a superar nossa onipotência narcísica infantil, que abriria caminho para um radical e efetivo "exercício da tolerância", ou seja, aceitar a conviver com o outro como ele é e pensa.


Sabedoria (lat. Sagesse), não é apenas a prudência, mas “um perfeito conhecimento de tudo o que os homens podem saber". Inclui a humildade socrática, a disposição para o saber integral, o bom-senso e a arte de bem viver a vida. Diferente da ciência, a sabedoria não é para ser acumulada, mas para ser esquecida ao ser testada na prática da vida. O "velho sábio" chinês Lao Tsé, dizia que "sabedoria é esquecer saberes".

Ou como dizia Sócrates, “a única coisa que sabia é que nada sabia”. O lugar do homem de sabedoria é o da humildade. Nesse sentido, a “sabedoria” se opõe aos “conhecimentos” (ou ”saberes”) fragmentados das especialidades científicas. O cientista (expert), pode ser um sujeito cheio de conhecimentos e, ao mesmo tempo, ser cego ao geral e inábil na prática cotidiana. Vive, por assim dizer, na contramão da sabedoria. “A sabedoria é desprovida de paixão, ao contrário da religião que é cheia de cor” (Wittgenstein).


O princípio da Sabedoria é a capacidade do ser humano de unir partes ao todo, integrando-as na vida prática. No campo das ciências, o projeto inter e transdisciplinar parece sustentarem tal meta. Edgard Morin declara que o homem moderno aprendeu a fazer ciência, separando excessivamente as disciplinas, mas ainda não aprendeu a juntá-las. Unir esses conhecimentos, num todo teórico, complexo e prático diminuiria não só a alienação, o dogmatismo, a arrogância daqueles que detém o saber como um poder, mas se ampliaria o tratamento conceitual e prático sobre as coisas humanas e do mundo.


Marcilio Reginaldo

COMTE-SPONVILLE. Pequeno Tratado das Grandes Virtudes. Ed. M. Fontes. 2003







TOLERANCIA - Parte II

Quem se pretende possuir "a verdade", ou melhor, "a certeza", termina sendo intolerante em aceitar outros posicionamentos, se fechando a escuta de tudo que apresente diferente ou incompreensível ao seu esquema conceitual de fala e ação. O moralista, por exemplo, é in-tolerante com os que possuem valores diferentes do seu; em verdade, sabemos se tratar de um moralista quanto sofremos a imposição de seus valores, baseado em sua “certeza moral”. O moralista carrega a ambição de impor a todos, universalizando seus valores como certos. Enfim, "toda intolerância tende ao totalitarismo" ( "integrismo", em matéria religiosa). Ser intolerante é manter uma "atitude de ódio sistemático e de agressividade irracional com relação a indivíduos e grupos específicos, à sua maneira de ser, a seu estilo de vida e às suas crenças e convicções". Tradicionalmente, a religião tem sido o principal agente da intolerância, como também é vítima.



Segundo. Um breve levantamento histórico diz que a palavra tolerância foi "criada" nos conflitos religiosos, no séc. 16, na época das guerras religiosas entre católicos e protestantes. Conta-se que "os católicos acabaram por tolerar os protestantes, e reciprocamente. Depois foi reclamada a tolerância em face de todas as religiões e de todas às crenças". A partir do século 19, a tolerância estendeu-se ao livre pensamento e, no século 20, passou a ser acordo internacional com intenção de ser exercitada, através da Carta aos Direitos Humanos em 1948, também através de algumas ONGs e de governos não totalitários.


Terceiro. Há um importante questionamento: a tolerância deve ter limites ou não? Para o escritor e Nobel em Literatura, José Saramago, "a tolerância para no limiar do crime. Não se pode ser tolerante com o criminoso. Educa-se ou pune-se". Nesse sentido, não se pode ser tolerante para com a tortura, o estupro, a pedofilia, a escravidão, o narcotráfico, o terrorismo, a guerra. Já o filósofo Vladimir Jankélévich, considera que, se levada a extremo, a tolerância "acabaria por negar a si mesma", Ou seja, "a tolerância só vale, pois, em certos limites, que são os de sua própria salvaguarda e da preservação de suas condições de possibilidade". O escritor e pacifista israelense Amós Oz, para quem a tolerância é a questão fundamental do séc. 21, nos deixa uma pergunta bem atual: "A tolerância deve se tornar intolerante para se proteger da intolerância?".


De todas as virtudes, a tolerância revela um paradoxo chamado por Karl Popper de "paradoxo da tolerância": "Se formos de uma tolerância absoluta, mesmo para com os intolerantes, e se não defendermos a sociedade tolerante contra seus assaltos, os tolerantes serão aniquilados, e com eles a tolerância".


Após os ataques de 11 de setembro de 2001 e a invasão anglo-americana ao Iraque, o mundo analisa o paradoxo da tolerância numa democracia. Ou seja, uma democracia deve ou não impor limites de tolerância tendo em vista a ânsia dos intolerantes pelo poder? “Seria possível ser tolerante para com um partido antidemocrático, vencedor das eleições livres, com a plataforma de abolição da democracia formal?. Seria possível ser tolerante para com uma invasão militar, com a justificativa de derrubar um ditador sanguinário para impor a democracia? É possível confiar numa democracia imposta? Democracia é um regime que se impõe autoritariamente, ou acontece segundo determinantes específicos e temporais da cultura?


Contudo, se a tolerância pudesse existir sem limites, se fosse uma virtude universal, onde todos fossem plenamente respeitados e respeitadores das diferenças humanas, provavelmente o mundo seria melhor de se viver. Mais que desejo e aspiração ética, seria uma utopia realizada. Entretanto, uma sociedade plenamente tolerante, continuaria sendo humana?

Marcilio Reginaldo

COMTE-SPONVILLE, A. Pequeno tratado das grandes virtudes. SP: M. Fontes, 1995.

TOLERANCIA - Parte I

Tem a ver com a nossa capacidade de aceitar uma atitude diferente daquelas que consideramos como norma. Num tempo de mudança de paradigmas, é importante saber, deve-se tolerar tudo? Pensamos que algumas vezes é necessário tolerar o que não se quer ou com o que não concordamos. Mas nem sempre a intolerância é um erro e até mesmo algumas coisas devem ser repudiadas sim. O intolerável é uma possibilidade e, em certos casos, torna-se uma virtude combatê-lo.

Há ainda aquilo que consideramos simplesmente como toleráveis, no sentido de que, apesar de desprezível e detestável, exige uma atitude de convivência pacífica. Comte-Sponville, em seu Pequeno tratado das grandes virtudes, define que “tolerar é aceitar o que poderia ser condenado, é deixar fazer o que se poderia impedir ou combater. Portanto, é renunciar a uma parte de seu poder, de sua força, de sua cólera… Assim, toleramos os caprichos de uma criança ou as posições de um adversário. Mas isso só é virtuoso se assumirmos, como se diz, se superarmos para tanto nosso próprio interesse, nosso próprio sofrimento, nossa própria impaciência”.
Tolerar, portanto, é assumir responsabilidades. Se você apenas transfere a responsabilidade para o outro, já não se trata mais de tolerância. “Tolerar o sofrimento dos outros, tolerar a injustiça de que não somos vítimas, tolerar o horror que nos poupa não é mais tolerância: é egoísmo, é indiferença (...)”, diz Comte-Sponville.
A tolerância possui seus limites, que não se trata de uma aceitação passiva da verdade ou da realidade. O que determina o limite do tolerável é a ameaça efetiva à liberdade, à paz e à sobrevivência de uma sociedade. A tolerância se limita ao campo das idéias, da opinião. No campo das ações, existe muita coisa intolerável até mesmo para o mais tolerante dos santificados. Aquilo que causa sofrimento, injustiça ou opressão ao outro precisa e deve ser combatido, nunca tolerado.
O tema da tolerância ganhou força com os protestantes, nos séculos XVI e XVII. Hoje, a tolerância está relacionada a uma cultura política liberal que trata de uma relação entre diferentes. Mas a questão precisa ir além. Um racista, por exemplo, não deve exercitar a tolerância simplesmente, mas superar o seu racismo. Não basta lutar pelos direitos das minorias, mas enfatizar os direitos fundamentais da pessoa e a dignidade do ser humano. A tolerância deve se constituir como uma espécie de sabedoria que supera o fanatismo, o dogmatismo, a intolerância, e que se manifesta como um profundo amor pela verdade. Amar a verdade é reconhecê-la tal como ela é: não existe na forma absoluta e final, mas como um saber ou um valor a caminho de se realizar.
É preciso concordar com o argumento conclusivo de Comte-Sponville: “Como a simplicidade é a virtude dos sábios e a sabedoria, dos santos, assim a tolerância é sabedoria e virtude para aqueles que – todos nós – não são nem uma coisa nem outra. Pequena virtude, mas necessária. Pequena sabedoria, mas acessível.”
Levantamos alguns pontos sobre o conceito de tolerância e suas implicações, com o desejo de contribuir para clareza nos debates e intenções de ação prática.
Primeiro. Tolerância é uma das tantas virtudes, necessárias para elevar o ser humano à condição de civilidade. Ela é parte do processo de desenvolvimento ético de indivíduos e grupos, cuja meta é levá-los a manter a "disposição firme e constante para praticar o bem". Implica em dois sentidos. “Ser virtuoso”, tanto pode ser um sujeito com disposição de praticar o bem, como também pode ser "toda pessoa que domina em alto grau a técnica de uma arte", no Dicionário Aurélio, por exemplo, ser um "virtuoso na arte de tocar violino".
Na tradição da filosofia moral, a tolerância não é exatamente considerada uma "grande virtude" ou "virtude cardinal", tal como é a justiça, a coragem, a prudência e a temperança ou moderação. Contudo, ela não deve ser posta do lado das chamadas "pequenas virtudes", como é o caso da polidez. A tolerância deve ser vista numa posição especial, de equilíbrio das virtudes, sendo mais que respeito, polidez ou piedade. Como passagem para um campo mais civilizado e menos mecânico de convivência das diferenças. Sinaliza, no entanto, que "as diferenças não devem ser apenas toleradas, porque do contrário elas se reduziriam a um sistema de guetos estanques, que se comunicariam no espaço público; deve ser uma virtude que cause interpenetração entre os diferentes" Ou seja, a tolerância deve ser um ato constante de prevenção e educação do sujeito no espaço em que se encontra.
A tolerância "é uma de sabedoria que supera o fanatismo, esse terrível amor à verdade". No fundo, sinalizamos acima, ela é uma espécie de prevenção contra o dogmatismo, para que este não vire fanatismo na dimensão pessoal, fundamentalismo na dimensão religiosa e totalitarismo na dimensão de Estado ou de Governo.
Localizada como virtude de equilibro, a tolerância é exercício necessário para se conquistar a Sabedoria. Na consideração de André Comte-Sponville, é uma virtude necessária para o exercício das coisas pequenas do dia a dia.
Nela, existe uma espécie de prontidão e atividade; "prontidão" a favor de idéias e atos de tolerância e "atividade" contra tudo que se cerceia, reprime, oprime, discrimina que não respeita as diferenças humanas, sejam étnicas, culturais, religiosas, entre outras. A democracia é um bom exemplo de exercício, ao mesmo tempo, de "prontidão" e "atividade" de tolerância, ou seja, "democracia não é fraqueza. Tolerância, não é passividade", assinala Comte-Sponville. Lembramos, que “tolerare” quer dizer “levar”, “suportar” e também “combater”

Marcilio Reginaldo
 
COMTE-SPONVILLE, A. Pequeno tratado das grandes virtudes. SP: M. Fontes, 1995.

domingo, outubro 25, 2009

A SERVIDÃO COMO BERÇO DA LIBERDADE

Por meio desta última experiência, da servidão, a consciência aprendeu que a busca pela coisa em si por meio de um processo atributivo havia fracassado; em contrapartida, ela havia chegado à compreensão de uma coisa para um outro, essencialmente relacional. Fica ainda mais evidente para ela a impossibilidade da apreensão daquilo imediatamente

Buscar superar o outro implica em arriscar a própria vida. Por conseguinte, a luta entre duas consciências de si é determinada do seguinte modo: elas se experimentam a elas próprias e entre si por meio de uma luta de superação. Não podem evitar essa luta, pois são forçadas a elevar ao nível da verdade sua certeza de si, sua certeza de existir para si; cada uma deve experimentar essa certeza em si mesma e na outra. Só arriscando a própria vida é que se conquista a liberdade. Só assim é que alguém se assegura de que a natureza da consciência de si não é o ser puro, não é a forma imediata de sua manifestação, não é sua imersão no oceano da vida. Essa luta prova que nada existe na consciência que não seja perecível para ela, prova que ela, portanto, não é senão puro ser para-si. O indivíduo que não arriscou sua vida pode certametne ser reconhecido como pessoa, mas não atingiu a verdade desse reconhecimento como consciência de si independente


Indivíduo ------> luta ------> Liberdade
Escravo ------> trabalho ------> liberdade


Na luta de duas consciências, Hegel examina simultaneamente a relação de dois "eu" e a relação de cada eu com sua própria vida. O "senhor", aquele que é vitorioso no combate, aceitou arriscar a vida. Por conseguinte, ele é mais do que ela, por sua coragem colocou-se acima dos objetos comuns da necessidade e da existência empírica. O vencido, aquele que se rendeu, tem medo de perder a vida. Por conseguinte, ele é, de início, escravo da vida e de seus objetos empíricos. Torna-se tembém escravo do senhor que o conserva (servus = conservado) a fim de ler em seu olhar temeroso e submisso o reflexo de sua vitória, a fim de se fazer reconhecer como consciência. Hegel quer dizer que o senhor não é senhor "em-si", mas por meio de uma mediação, isto é, uma relação. O senhor se define por sua relação com o escravo (e por sua relação com os objetos que depende, ela própria, da relação com o escravo).
No ponto de partida, o senhor domina os objetos da necessidade, posto que no campo de batalha ele se mostrou corajoso, superior à sua vida, portanto, aos objetos das necessidades. Secundariamente, o senhor domina os objetos por mediação do escravo que trabalha, isto é, que transforma os objetos materiais em objetos de consumo e de fruição para o senhor. Uma vez que o senhor (a), enquanto conceito da consciência de si, é relação imediata do ser para-si, mas (b) é simultaneamente mediação, em outras palavras, um ser para-si que só o é por meio do outro, ele se relaciona (a) imediatamente com os dois e (b) imediatamente com cada um por intermédio do outro. O senhor tem, com o escravo, uma relação mediata em virtude da existência independente, pois é precisamente a ela que o escravo está preso, ela é sua cadeia e da qual não pode se desprender na luta, o que o levou a mostrar-se dependente, posto que possuía sua independência numa coisa externa.
A servidão para Hegel é a dialética servo-patrão. O medo, a dura disciplina da obediência e da servidão constitui para Hegel que segue a longa tradição de pensamento, etapa indispensável para levar os indivíduos à liberdade, à autoconsciência, à autodeterminação, à posse de homens livres. Segundo Hegel, a servidão do medo da morte, da vileza, do fato de ter preferido conservar a própria vida ao preço da submissão a um outro é a "luta pelo reconhecimento" e encontra em Hegel justificação oposta ao esquema de sociedade do modelo jusnaturalista. A associação dos homens entre si não acontece, de fato, como, sobre uma base natural, nem ocorre segundo os módulos jusnaturalistas do contrato. Simplesmente trata-se de modelo conflitual abstrato mediante o qual se reconstrói a gênese da autoconsciência moderna e livre. A individualidade natural é burilada, universalizada, primeiramente através da servidão, depois, uma vez superado tal estágio, através da formação, que é o nível de elaboração da individualidade mais adequado à sociedade civil, àquela sociedade, que já superou o momento "selvagem" e o "bárbaro". Para que o homem possa ser livre, ter consciência de si e autodeterminar-se e esta é no fundo a universalidade da autoconsciência até a qual a consciência deve elevar-se, referir-se a si mediante si mesmo, refletir-se em si mesmo, é necessário que antes perceba a universalidade como alteridade, constrição, sentido estranho, que só gradualmente e mediante a angústia conduzirá ao sentido próprio: urge que se duplique num outro, que passe através de uma espécie de espelho. A morte é a expressão suprema desta universalidade vazia, deste abismo do nada dentro do qual a consciência deve afogar para conseguir sua duplicação e sua conexão em si própria, a identidade da identidade e da não-identidade.
A servidão é algo histórico, ou seja, ela desaparece, pertence a um estágio anterior, é relativa. Toda esta situação não deve permanecer não é uma situação absoluta: mas no interior da situação da formação da consciência, ela é necessariamente justificada. Este oposto é assim em si e por si, a saber, é a própria autoconsciência universal, a de não querer ser nem um escravo, nem um senhor, mas da mesma forma nenhum escravo, portanto, nenhum senhor. Apenas ter a liberdade.

Marcilio Reginaldo. Apodi – Rn, 28/08/2008. Filosofia da Educação.

COMPREENDENDO O QUE É CIDADANIA.

Nunca se comentou tanto sobre cidadania, em nossa cidade, com nos últimos dias. Mas afinal, o que é cidadania?

Segundo o Dicionário Aurélio Buarque, "cidadania é a qualidade ou estado do cidadão", entende-se por cidadão "o sujeito no gozo dos direitos civis e políticos de um estado, ou no desempenho de seus deveres para com este".
No sentido etimológico da palavra, cidadão deriva da palavra latim civita, que significa cidade, e que tem seu amparo grego na palavra politikos - aquele que habita na cidade.
No sentido grego do termo, cidadania é o direito da pessoa em participar das decisões nos destinos da Cidade através da Ekklesia (reunião dos chamados de dentro para fora) na Ágora (praça pública, onde se agonizava para deliberar sobre decisões de comum acordo). Dentro desta concepção surge a democracia grega, onde somente poucos da população determinava os destinos de toda a Cidade (eram excluídos os escravos, mulheres e artesãos).
Há muita confusão entre o Direito do Cidadão e o Direito da Consumidor, por isso questiono o aspecto ideológico desta confusão intencional.
Apresentaremos uma percepção pessoal sobre como se processa a evolução do Ser Humano até o Ser Cidadão.
O Ser Humano. É aquele que está na dimensão do convivio social. É neste ponto que o homem torna-se ser hummano, nas relações de convivio sociais. Quem estuda o comportamento do Ser Humano? Seria a antropologia, a história, ou a sociologia? Quem garante os direitos do Ser Humano? A Declaração Universal dos Direitos Humanos. Existe realmente uma natureza humana? Teologicamente, afirmamos que existe a uma natureza humana. Seguindo a corrente existencialista (J.P. Sartre) negamos tal natureza.
O Ser Indivíduo. A dimensão do mercado de trabalho e Consumo. O Ser Humano tornar-se indivíduo quando descobre seu papel e função social. Quem estuda o comportamento do indivíduo ? Seria a Filosofia, a sociologia ou a Psicologia? Quem garante os Direitos do Consumidor? O Código do Consumidor. Que diferença existe entre o direito do consumidor e o direito do cidadão? Ao Consumidor deve ser dado o direito de propriedade enquanto ao cidadão deve ser dado o direito de acesso.
O Ser Pessoa A Dimensão de encontrar-se no mundo O Indivíduo torna-se pessoa quanto toma consciência de si mesmo, do outro e do mundo. Quem estuda o comportamento da pessoa? Seria a Filosofia, a sociologia ou a Psicologia? Quem garante os Direitos da pessoa? A própria pessoa (amor próprio ou auto-estima) O que significa tornar-se pessoa no nível psicológico e social? A pessoa é o indivíduo que toma consciência de si mesmo ("Tornar-se Pessoa" Hegel)
O Ser Cidadão A dimensão de intervir na realidade A pessoa torna-se cidadão quando intervém na realidade em que vive Quem estuda o comportamento do cidadão ? Seria a Sociologia, a Filosofia ou As ciências políticas? Quem garante os Direitos do cidadão? (A Constituição e suas leis regulamentares) Como podemos intervir na realidade, modificando as estruturas corruptas e injustas? Quando os direitos do cidadão lhe são oferecidos, e o mesmo passa a exercê-lo, há modificação de comportamento.
O Direito do consumidor é direito de propriedade e o Direito do cidadão é Direito de Acesso. O que o povo brasileiro necessita é do direito de acesso e não leis que garantam a uma minoria suas grandes e ricas propriedades.
Um dos grandes problemas, além da impunidade e a corrupção endêmicas, é a má distribuição de renda, onde "muitos têm poucos e poucos têm muito".


Professor Marcilio Reginaldo de Sousa - Professor de Filosofia. Licenciado em Filosofia pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte; Pós-graduando em Etica e Filosofia Politica pela UERN.

domingo, outubro 18, 2009

Comissão do Selo UNICEF realiza reunião para traçar metas de trabalho


A comissão de articuladores do Selo UNICEF do município de Apodi realizou o primeiro encontro para traçar metas de trabalho para os próximos eventos que vão acontecer no território apodiense relacionados ao Selo UNICEF município Aprovado 2009.O encontro aconteceu na Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e contou com a presença do articulado do Selo UNICEF, Marcilio Reginaldo, secretario de Assistência de Desenvolvimento Social, Laete Oliveira, Presidente do CONDICA, Patrícia Lorena Raposo, membros do Conselho Tutelar, Pastoral da Criança, Secretario da Juventude, Jairo César, representantes das Secretarias de Saúde, Ítala Sena, Educação, Flavia Cristina, coordenadores dos Programas Sociais Peti, AABB Comunidade, Idoso, Peti, Bolsa Família dentre outras importantes instituições do município de Apodi.A prefeita da cidade, professora, Goreti da Silveira Pinto, juntamente com Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONDICA, presidida, Patrícia Lorena Raposo. Fez a adesão e o município de Apodi, no Médio Oeste do Rio Grande do Norte, é uma das cidades do semi-árido Potiguar que esta na disputa pelo Selo UNICEF Município Aprovado 2009. O Selo UNICEF foi lançado no Ceará, em 1999, o Selo teve o seu lançamento nacional em abril de 2005 nas cidades de Petrolina e Juazeiro. A iniciativa faz parte da contribuição do UNICEF ao Pacto Um mundo para a criança e adolescente do Semiárido, compromisso firmado em junho de 2004 e renovado em 2007 pelo Presidente da República, 11 ministros de Estado e os governadores dos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. O Pacto conta ainda com o compromisso de mais de 80 organizações da sociedade civil, organismos internacionais e empresas. O Pacto conta ainda com o compromisso de mais de 80 organizações da sociedade civil, organismos internacionais e empresas.A edição de 2009 do Selo Unicef Município Aprovado esta sendo lançada no Rio Grande do Norte no próximo dia 14. O evento contara com a presença da governadora Wilma de Faria, deputados, prefeitos dos municípios que fizeram a adesão. De Apodi saíra uma comitiva formada pela prefeita, Goreti Silveira Pinto, secretários de saúde, Ivanildo Lima, educação, Mara Marlizete, articulador do Selo, Marcilio Reginaldo, presidente do Condica, Patrícia Lorena, Comunicação, Marcio Morais dentre outros membros.